sexta-feira, 28 de novembro de 2008

"O modelo já deixou de existir”

As novas medidas de simplificação da avaliação são sinal de desespero, considera Mário Nogueira. "O Ministério da Educação (ME) está a fazer isto em desespero de causa; já percebeu que este é um modelo que não funciona, mas não quer dar o braço a torcer. O modelo já deixou de existir. Por isso, o único caminho é a suspensão", disse ao CM o líder da Fenprof.

O Governo propôs que os docentes que prescindirem de chegar às notas máximas (‘Muito Bom’ e ‘Excelente’) não sejam avaliados na componente pedagógica. "Em vez de se dispensar a parte administrativa dispensa-se a pedagógica, que é a essência da profissão", critica Nogueira, para quem "o pagamento de horas extras não resolve o problema da sobrecarga horária".

"A NOSSA LUTA VAI ENDURECER"
"A nossa luta vai endurecer. Nem o frio verga os professores, estão cada vez mais unidos em travar as intenções da senhora ministra".

"manobras" que o ME "tem vindo a fazer" para tentar "confundir a opinião pública e os professores".

"ESTAS MEDIDAS AINDA AGRAVAM O PROBLEMA" (Carlos Chagas - FENEI/SINDEP)
Estas medidas ainda agravam o problema, como na avaliação dos directores, e têm irregularidades: a lei determina que os directores têm de ser avaliados ao abrigo da Carreira Docente.
"NÃO RESOLVE AS QUESTÕES ESSENCIAIS" (João Dias da Silva, FNE)
São medidas que não resolvem as questões essenciais do modelo e do seu carácter injusto porque mantêm o Estatuto da Carreira Docente e as quotas. Por isso, não estamos de acordo.

"ESTE MODELO TROUXE MAU CLIMA ÀS ESCOLAS" (Maria José Viceu - CNIPE, Ass. Pais)
Este modelo de avaliação trouxe um clima totalmente diferente e mau às escolas. Os professores mais dinâmicos, com imensos projectos, estão a deixar isso de lado. Preocupa-me também que passe a haver excesso de subordinação dos directores face à tutela.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Inquéritos: Professores

Idade:___ Sexo:______

1- Há quanto tempo é professor(a)?

2- Concorda com o sistema de marcação de faltas aos Professores? O que considera que está errado?

3- Acha que o sistema de marcação de faltas aos professores prejudica o ensino?

4- Está de acordo que as suas aulas e a dos seus colegas sejam assistidas?

5- Acha que o novo Estatuto do Aluno está feito para benefício dos mesmos, ou pelo contrário, leva a criar um espírito de irresponsabilidade nos alunos?

6- Acha que faz sentido a realização de uma prova de recuperação mesmo quando o aluno apesar de ultrapassar o número de faltas injustificadas, atingiu todos os objectivos propostos?

7- Como acha que será a sua disposição psicofisiológica a leccionar com 65 anos de idade?

8- Concorda com o sistema de quotas para a evolução na carreira?


( Para responder aos Inquéritos faça um comentário na respectiva publicação, com o número da pergunta e a resposta. Exemplo: idade- ... , sexo- ... ; 1- ... ; etc)

Despacho

Considerando que a adaptação dos regulamentos internos das escolas ao disposto no estatuto do aluno nem sempre respeitou o espírito da Lei, permitindo dúvidas nos alunos e nos pais a cerca das consequências das faltas justificadas designadamente por doença ou outro motivos similares

Considerando que o regime de faltas estabelecido no estatuto visa sobretudo criar condições para que os alunos recuperem eventuais défices de aprendizagem decorrentes nas ausências à escola nos casos justificados

Tendo em vista clarificar os termos de aplicação do disposto do Estatuto do Aluno, determino o seguinte:

1- Das faltas justificadas, designadamente por doença, ou não podem decorrer a aplicação de qualquer medida disciplinar correctiva ou sancionatória.

2- A Prova de recuperação a aplicar na sequência de faltas justificadas tem como objectivo exclusivamente diagnosticar as necessidades de apoio tendo em vista a recuperação da eventual défice das aprendizagens.

3- Assim sendo, a prova de recuperação não pode ter natureza de um exame, devendo ter um formato e um procedimento simplificado, podendo ter uma forma escrita ou oral, pratica ou entrevista.

4- A Prova referida é de exclusiva responsabilidade do professor titular de turma, do primeiro ciclo, ou do professor que lecciona a disciplina em causa, nos restantes ciclos e níveis de ensino.

5- Da prova recuperação realizada na sequência das três semanas de faltas justificadas não pode decorrer a retenção, exclusão ou qualquer outra penalização para o aluno, apenas medidas de apoio ao estudo e a recuperação de aprendizagens, sem prejuízo da restante avaliação.
6- As escolas devem adaptar de imediato os seus regulamentos internos ao disposto no presente despacho, competindo as direcções regionais de educação a verificação destes procedimentos.

7- O Presente despacho produz efeitos a partir do dia seguinte a data da sua assinatura.
Lisboa, 16 de Novembro de 2008 (Ministra de educação, Maria de Lurdes Rodrigues).

Pais satisfeitos com explicação(?!)

A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) mostrou-se esta segunda-feira satisfeita com o despacho da ministra da Educação sobre o regime de faltas dos alunos. Todavia, lamentou a "falta de capacidade" de algumas escolas para interpretar o Estatuto do Aluno nesta matéria.

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, assinou ontem um despacho, que entra hoje em vigor, a clarificar "de uma vez por todas" o regime de faltas e a desobrigar os alunos com faltas justificadas à realização de uma prova suplementar.

O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, sublinhou já que o despacho obriga ainda as escolas, cujo regulamento interno não seja explícito sobre o regime de faltas do Estatuto do Aluno, a adaptá-lo às novas normas, para que os alunos não sejam obrigados a realizar qualquer prova suplementar.

De acordo com o presidente da Confap, Albino Almeida, algumas escolas não estão a ser capazes, no quadro de autonomia, de regulamentar a nova lei. Infelizmente algumas escolas não tiveram capacidade de fazer uma interpretação daquilo que são faltas justificas por doença ou por outras actividades, como alunos que estejam a praticar desporto em representação do País", realçou.

Albino Almeida afirma lamenta que haja escolas que necessitem das "muletas ou das indicações da tutela para fazerem algo que naturalmente se percebia que estava mal feito e que deviam ter feito no quadro da sua autonomia, envolvendo os estudantes".





in correio da manhã

"Mas este senhor é burro ou foi comprado pela tutela? Desde quando é que um despacho anula uma lei?
Mais areia para os olhos...''


''O Estatuto do Aluno é claro. Todas as faltas, idependentemente da natureza, contam. Ninguém interpretou mal...''

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Governo escuta, os estudantes estão em luta!

Hoje chegaram até à E B 2,3/S de Nisa, as manifestações contra o Estatuto do Aluno, entre outros. Das 8h30 às 13h30 viveu se um espírito de equipa e união por uma causa que nos toca a todos. Nem os professores faltaram! Connosco estiveram, a animar, alguns estudantes que tocam nos bombos. E toda a manhã não nos faltou animação, nem a voz para gritar algumas das palavras de ordem:
"A luta continua, estudantes estão na rua!"
"Educação Sexual-é essencial!"
"Governo escuta, os estudantes estão em luta!"
"A educação é um direito-sem ela nada feito!"
"P'ró Sócrates piar fininho, só a luta é o caminho!"
"O Estatuto está mal, é um código penal!"
"Estudantes unidos jamais serão vencidos!" (esperemos), entre outras.
O Correio da Manhã esteve lá, por isso não percam a próxima edição.
A associação de estudantes também esteve muito bem, sempre a animar!
Com os melhores cumprimentos,
CDDIR .

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Educação/Manif: Milhares de professores enchem o Terreiro do Paço

08 de Novembro de 2008, 15:38
Lisboa, 08 Nov (Lusa) - Milhares de professores vindos de todo o país enchem já o Terreiro do paço em Lisboa, numa manifestação para exigir a suspensão do modelo de avaliação de desempenho proposto pelo governo.
Cerca das 15:00, a Praça do Comércio já estava praticamente cheia, apesar de centenas de docentes se encontrarem ainda nas ruas adjacentes e de dezenas de autocarros com professores continuarem a caminho da capital.
Oriundos de todo o país, muitos professores envergam camisetas pretas exigindo "Respeito" e apelando ao governo para os deixar trabalhar "sem burocracias".
"Desilusão", "desânimo", "revolta" e "falta de esperança no futuro" são as palavras mais proferidas pelos docentes para descrever o actual ambiente o ambiente vivido nos estabelecimentos de ensino.
"Noto que já ninguém trabalha com alegria. A burocracia é tanta, já não temos tempo para nos dedicarmos aos alunos, que é a nossa missão principal., Por isso viemos aqui pedir que nos deixem ser professores", disse à Lusa Conceição Guimarães, educadora de infância no Porto, há 32 Anos.
Entre os milhares de pessoas que enchem o Terreiro do Paço estão igualmente familiares de docentes que associaram-se ao processo para apoiar a contestação ao modelo de avaliação de desempenho.
"Sou pai e avô de professores e vim hoje de propósito de Esposende para ajudar os meus familiares e dizer ao país que os professores estão a ser maltratados", disse Franquelim Fernandes, 85 anos.
Professores de todo o país estão hoje a manifestar-se em Lisboa contra o modelo de avaliação de desempenho, contestando também o diploma de concursos de colocação de docentes e o novo regime de gestão e administração escolar, num protesto convocado por todos os sindicatos do sector.
JPA
Lusa/Fim

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

“Está na hora de a ministra ir embora”

"Está na hora, está na hora, de a ministra ir embora." Foi esta a principal palavra de ordem entoada ontem em Lisboa por cerca de 1500 estudantes, que se concentraram junto ao Ministério da Educação, em protesto contra a política educativa do Governo, em especial o novo Estatuto do Aluno.
'Foi um dia de luta histórico como não se via há dois anos, 30 mil alunos de 200 escolas de todo o País estiveram nas ruas em protesto', disse ao CM Luís Baptista, porta-voz da Plataforma Estudantil. Em Almada, cerca de 1200 alunos protestaram em frente à Câmara e, no Barreiro, a manifestação envolveu cerca de 1300 estudantes.

O aspecto mais criticado pelos alunos é o novo regime de faltas. 'É injusto ter de fazer exames e arriscar a reprovação, mesmo quando se falte por estar doente', criticava Daniela Magalhães, de 16 anos, aluna do 11º ano em Rio de Mouro.
O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, desvalorizou os protestos: 'Não é significativo, as escolas estão a funcionar normalmente.'

Lemos afirmou que "as medidas disciplinares ou correctivas" só se aplicam quando as faltas são injustificadas.

Valter Lemos frisou que 'as faltas deixaram de ser um direito e a assiduidade é um dever'. E falou em 'manipulação de estudantes por organizações políticas', depois de a JS ter anteontem acusado a JCP de estar por detrás do protesto.




in correio da manhã.
Com este governo tem de ser assim, manifestações para a frente! :)

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Saudade.

O ideia deste trabalho vem das conversas que a nossa professora de Francês teve connosco, e da forma como nos esclareceu para muitos pormenores no novo sistema de faltas, e como nos alertou a todos. Também as entrevistas já desde inicio foram feitas a pensar que seria a professora a primeira a responder-lhes. Nem chegámos a dizer-lhe isso. Este post é sobretudo para lhe dizer que sentimos muitas saudades suas, e que todos nós queremos a nossa amiga e professora de volta. Para a professora Teresa Reis, todos nós do 9ºB lhe desejamos umas rápidas melhoras.